Migrando seu ambiente para o Azure na prática – Parte I: Planejamento e Custo
Os principais desafios quando o assunto é migração para a nuvem é compreender quais serviços e opções de arquitetura no Azure equivalem à estrutura atual do projeto a ser migrado, quais são as melhores práticas para realizar movimentações e principalmente, qual o custo e consumo estimado em nuvem equivalente para manter os serviços disponíveis após a migração.
Este artigo descreve os principais insights, métricas e oportunidades para lhe auxiliar a compreender mais sobre como compor um projeto de migração e utilizar serviços modernos de importação e sincronização de tecnologias com o Azure.
Antes de iniciar, é importante compreender que a arquitetura em nuvem é parcialmente diferente quando comparada à arquitetura on-premises, por isso a primeira dica é escolher uma camada que se aproxime ao máximo das necessidades atuais do projeto a ser migrado. Por exemplo: apensar de todas as atenções atuais estarem voltadas à micro serviços e arquitetura PaaS, se o seu ambiente estiver composto por VMs, o melhor caminho para uma migração segura é focar em serviços IaaS, reduzindo esforços de adaptações de projetos, tempo e margem para resolver novos desafios não previstos.
Também é importante ressaltar que em qualquer camada de arquitetura em nuvem (IaaS, PaaS, SaaS, etc) estão disponíveis diversos recursos e propriedades de automações, segurança, AI, monitoramento e serviços que podem ser combinados para acrescentar qualidade e maturidade ao seu projeto de nuvem, e claro, pagando somente por uso, hora, espaço ou sob demanda de performance.
- Planejamento
Antes de escolher os recursos no Azure, é importante compreender e realizar um inventário de quais os serviços e tecnologias serão migradas. Se você possui VMs, determine a utilização de CPUs, Memória, storage, serviços de rede e o máximo de detalhes do eco sistema atual. Se você pretende migrar bancos de dados, é importante compreender o nível de detalhes da estrutura utilizada. Isto lhe ajudará a planejar se a migração poderá ocorrer em serviços PaaS ou IaaS.
Dica: Existem muitos assistentes de migração para o Azure. Para SQL Server, utilize o DTU Calculator, um assistente que analisa e lhe ajuda a determinar a quantidade de DTUs (Database Transaction Unit– unidade de medida com uma quantidade de recursos de processamento, armazenamento e IO para SQL do Azure).
https://dtucalculator.azurewebsites.net/
2- Calcule o consumo
A dica aqui é utilizar uma combinação de ferramentas que lhe
ajudam a estimar o consumo na nuvem.
2.1 – Calculadora de Preços do Azure:
https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/calculator/
Explore os recursos, crie combinações de uso, exporte e salve seus modelos de consumo.
No exemplo a seguir, configuramos uma instância de SQL Server do Azure em um datacenter no leste dos EUA com nível de desempenho de 10 DTUs.
Dica: existe variação de preços de recursos de acordo com a região do datacenter do Azure. Se o seu projeto não possui dependência mínima de latência ou requisitos de compliance para manter os dados no mesmo país de origem, você pode economizar até 30% no consumo selecionando datacenters em regiões como o Leste dos EUA.
Compare a latência entre sua rede e os datacenters do Azure em: http://www.azurespeed.com
2.2 – Calculadora do TCO
https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/tco/calculator/
Esta calculadora lhe ajuda a compor cenários de ambientes on-premises e como estima-los na nuvem considerando transações de redes, licenças, máquinas e recursos combinados.
2.3 – Gerenciamento de custos
https://azure.microsoft.com/pt-br/services/cost-management
Acompanhe o consumo em tempo real dos recursos em sua conta no Azure (não disponível para contas CSP e algumas modalidades de assinaturas no Azure). Esta ferramenta lhe ajuda a compreender sobre os detalhes de consumo e serviços vinculados.
Gostou?
Bom, você já deve ter notado que migração é um assunto amplo. A dica é começar por algo ou por uma parte do seu projeto e ir compreendendo as possibilidades aos poucos. O mesmo ocorre com a verificação de custos e consumo de recursos. Nada melhor do que a prática e o tempo para desenvolver experiência.
No próximo artigo, vamos compreender como utilizar ferramentas para ajudar na migração do seu ambiente.
Até lá!